quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Pay Attention...

Um vídeo intitulado Pay Attention muito interessante sobre as questões da literacia digital que temos vindo a debater. Demorei algum tempo a descobrir uma versão legendada de modo a ser acessível a todos, mas creio que valeu a pena. Comentários precisam-se!

4 comentários:

  1. O uso das novas tecnologias em contexto de sala de aula não torna um indivíduo melhor professor nem consegue resolver os problemas de interesse/motivação dos alunos, poderá ser um complemento ao trabalho do bom professor e dos bons alunos... diria mesmo que o advento da "Era Google" terá levado a que muitos utilizadores se tornem meros consumidores passivos, pois sucumbem à tentação da procura da informação pronta a editar.
    As novas tecnologias devem estar ao serviço da educação, mas não resolverão problemas de insucesso escolar que radicam em problemas socioeconómicos graves, nestes casos a figura carismática e inspiradora do professor poderá ser bem mais determinante.

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  2. Creio que é fácil constatar como a atenção dos alunos se focaliza imediatamente num projector que revela um video ou até mesmo um power point. Tudo o que envolva imagem e som é mais apelativo do que um livro de exercícios ou uma ficha de trabalho. As novas tecnologias devem por isso ser utilizadas ou correremos o risco de perder os nossos alunos para os gadgets que disfarçadamente, ou não, utilizam na aula. Para isso, é necessário um maior envolvimento das escolas no sentido de as equipar adequadamente e formar os seus professores na utilização de todas as ferramentas tecnológicas. Isto ainda não acontece, como sabemos. No entanto, não devemos esquecer que o livro é enriquecedor, transportável e permanecerá.

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  3. Excelente sugestão que o Jorge nos deixa e que nos permite alargar ou continuar a discussão. Confesso que tenho algumas resistências à mensagem do vídeo, que, de uma forma simplista, será: “utilizem, utilizem, blogues, wikis, ipods, porque isso melhora a aprendizagem”.

    Sobre isto, sinto ter mais dúvidas do que certezas, mas lanço algumas ideias que me parecem que nos podem interpelar:

    - As receitas não são universais, o que resulta com uns alunos, pode não resultar com outros, por isso os contextos são sempre relevantes.

    - Não vejo que a utilização das tecnologias (desligada desses contextos) possa, por si, trazer algo de verdadeiramente catalisador para as aprendizagens. Depende, entre outras, da forma como é perspectivada a tecnologia. O acesso a um computador com ligação à Internet não significa, per se, um instrumento de aprendizagem. Há muitos outros factores a ter em conta (motivação, capital sócio-cultural, objectivos, mediação…).

    - Finalmente, um aspecto que considero muito relevante, que a área da Educação para os Media ou a Literacia dos Media tem procurado evidenciar: há uma diferença entre utilizar o telemóvel para a aprender ou aprender a compreender os efeitos do telemóvel na nossa. No fundo, o seu objectivo é levar a compreender os usos, as escolhas, as mudanças comunicacionais e de apropriação da informação… Ou seja, a relevância que os media têm na nossa vida e de que forma podemos tirar o melhor partido deles.

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  4. Este vídeo é demasiado provocatório e pode alertar para outros recursos além do livro e do quadro negro. Mas, podemos "reverter" a mensagem para a qual nos manda estar atentos: está provado que o "consumo" excessivo destes meios aumenta a dificuldade de concentração.Logo, em vez de ser incentivado o seu uso mais e mais, deverá começar a ser regrado desde tenra idade.Claro que é muito mais fácil aos educadores porem um bebé com duas anos a ver TV (vídeo, etc) uma média de duas horas por dia (a "mamadeira" da actualidade), mas isto acabará por trazer outros prejuízos.
    Portanto, eu não acredito que o uso excessivo das tecnologias na sala de aula vá tornar alunos mais competentes, até porque há disciplinas em que é necessário pensar, com problemas que é necessário saber resolver e a memória tem de ser treinada para se desenvolver porque, na maioria das profissões o saber "pesquisar" e a destreza digital não tem importância nenhuma.

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