quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Desafio 2

Concordam com estas opinões?

«(...) como múltiplos estudos mostram, um “Magalhães” é só uma caneta superlativamente gira e um projector de imagem ou um pau de giz mais limpo. Para que os alunos aprendam melhor aquilo que faz a diferença é, realmente, que o professor ensine mais: mais tempo, mais organizadamente, com mais clareza discursiva, com maior segurança e tessitura de pensamento, com uma visão mais global e estruturada da sua disciplina,com um treino mais eficaz e consciente do infindável ciclo planificação avaliação.
E, se à técnica, se unir a arte que faz do professor um Mestre, os alunos ainda beneficiarão do bónus extra que são as armas da motivação, aquele encantamento especial que resulta de um misto de paixão pela matéria e o gosto intenso de se dar ao público exigente que são os alunos, base insuperável do docente que marca e nunca se esquece.»

Cristina Sá Carvalho, «Preparar o Futuro» (in Página 1, pág. 4)

10 comentários:

  1. É um discurso com uma perspectiva muito optimista do uso do Magalhães e das novas tecnologias nas escolas. No entanto, falta ainda muita formação e informação para que todos os professores se sintam capazes de recorrer a estas tecnologias e ensinar com segurança e sucesso as crianças e jovens a quem segurança e à vontade com os meios informáticos não falta!

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  2. A utilização da arma (Magalhães) como motivação pode ajudar os professores a perspectivar formas diferentes de ensinar, no entanto julgo que a utilização do computador não garante que necessariamente se passe a aprender (ou a ensinar) de forma mais eficaz.
    Ora o computador “Magalhães”, é apenas uma ferramenta. É certo que o Mestre consegue fazer coisas fantásticas com ele, mas para isso tem que perceber como funciona e em que contexto pode usá -lo. Será necessário trabalhar com os alunos as potencialidades reais deste” descobridor” e articular a sua exploração com a utilização de outros recursos pedagógicos existentes na sala de aula.

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  3. Ser professor nunca foi fácil. Durante séculos exigiu-se que o professor fosse um modelo de virtudes e, mais recentemente, que desempenhasse as funções de um técnico, capaz de mudar os comportamentos e atitudes de todo o tipo de alunos.
    Neste contexto, o papel do professor não poderá limitar-se a uma comunicação unilateral entre este e os seus alunos. Este papel terá de ser activo e criativo, para que a educação decorra numa acção cooperativa e onde haja espaço para a criatividade de alunos e professores.
    Assim, julgo que uma verdadeira integração dos meios informáticos no ensino é indispensável na escola, devendo ser o resultado de uma perfeita tomada de consciência do papel que estes meios devem desempenhar no seio do processo pedagógico.
    Assim sendo, “os Magalhães” poderão contribuir para uma modificação do papel do professor, pois este já não é o único responsável pela transmissão da matéria aos alunos. O educador, o Mestre deve ver o aluno já não como um auditor que deve transcrever e memorizar as mensagens, mas sim como um aprendiz que, utilizando todos os meios disponíveis, contribui para a sua própria aprendizagem.
    Sempre considerei que a educação tem, obrigatoriamente, de se adaptar às necessidades das sociedades onde está inserida, às mudanças sociais, culturais e económicas que nascem aquando da massificação do uso das novas tecnologias.
    É fundamental, por isso, que a escola esteja familiarizada com estas ferramentas informáticas e saiba utilizá-las na acção educativa normal. Assim, a escola tem de fornecer aos alunos os meios adequados para que possam ter acesso à informação e, simultaneamente, familiarizar-se com eles, possibilitando-lhes também oportunidades de interacção social.
    O computador oferece a possibilidade de integrar diversas linguagens (texto, imagem, som) oriundas de diversas fontes num único media. Entendo que o aparecimento do computador marca o advento de uma nova era comunicativa.
    Pela forte motivação que ele exerce em grande parte dos alunos, contrastando com o desinteresse quase geral pelas actividades escolares, o computador deve ser utilizado sempre que se verifique que é a melhor forma para a compreensão da matéria por parte do aluno. Isto porque a motivação demonstrada pelos alunos aquando do uso do computador pode ser superficial e de pouca duração e, portanto, ilusória.

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  4. O Magalhães poderia ser um bom instrumento de trabalho para os alunos e facilitar-lhes algumas tarefas. No entanto, falta-nos a todos muita preparação para utilizarmos todas as potencialidades dos computadores nas nossas aulas, como temos verificado na nossa formação, embora pense que todas as pessoas presentes estejam motivadas, temos muitas falhas. O que dizer então de colegas que se recusam ainda a utilizar o computador? Convinha apostar na formação de professores a sério, dotar as escolas e as salas de aula dos meios necessários e depois sim partir para medidas como a implementação do Magalhães. Sempre se evitavam situações ridículas como as dos pais que só vão à escola porque querem o computador dos seus filhos, embora estejam a pensar mais em si próprios do que nas crianças; também convinha verificar se temos possibilidades de distribuir brinquedos gratuitos, uma vez que para alguns é isso que o Magalhães representa... Até pareço o Velho do Restelo a falar... Tenho muitas dúvidas em relação a Magalhães e e-escolas, se calhar pelo período e pelas intenções políticas que lhes estiveram subjacentes.

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  5. O "Magalhães" é mais do que uma caneta gira, com todas as vantagens que conhecemos desta "máquina". No entanto, considero que acima de tudo os alunos, num 1º ano, precisam de aprender a ler, a escrever ( no caderno, no livro), a somar, a subtrair... , a errar e a corrigir. A máquina assinala o erro, a máquina efectua as operações, mas se o aluno não aprende a pensar, a resolver os problemas, não sabe "mandar executar". E, isto, parece-me que a máquina não ensina, embora possa ter jogos que melhoram a capacidade de concentração, que ajudem a descobrir o melhor caminho. O maior perigo do computador no início da aprendizagem parece-me ser, essencialmente, o seu papel demasiado "facilitador", que vai fazer com que os alunos desistam muito mais depressa quando tiverem um desafio maior.

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  6. A implementação do "dito magalhães", na minha opinião, e como quase tudo neste país, começou a implementado sem a prévia preparação e informação do profesor. Se se destina a mudar algo nas escolas, isso teria que ser transmitido aos professores de uma forma organizada, sistematizada e consistente. Só quando esse trabalho estivesse feito, o que implicaria conhecer muito bem as potencialidades, os objectivos do que lá está instalado, se poderia passar ao passo seguinte, a sua distribuição. Mas como é esta a situação que iria causar mais impacto na opinião pública e mais satisfação em quem recebe a prenda, começou-se por aqui. A casa começou a ser construída pelo telhado, para eleitor ver. Quanto aos alicerces ainda não se pensou onde vão ser implantados para começar a abrir as valas. O ensino não pode descurar a planificação e como é que um professor pode planificar tendo em conta a utilização daquilo que não lhe foi dado a conhecer verdadeiramente e em tempo oportuno.
    Será que estou a ser o Velho do Restelo?
    Gostaria de ver avaliadas as melhorias proporcionadas à aprendizagem dos nossos alunos no pós-magalhães.

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  7. Há algum tempo atrás li um artigo em que se encontravam recolhidas as opiniões de alguns estudantes norte-americanos (do ensino secundário)... um deles referia que as aulas mais interessantes eram as de Matemática... esse professor só usava o quadro e o giz branco, conseguindo ser magistral no ensino da Matemática sem recorrer a qualquer tecnologia educativa...

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  8. O "Magalhães" é mais uma nova tecnologia que passará rapidamente ao esquecimento, é efémera como todas as outras: superado, por outro modelo, num abrir e fechar de olhos, mais recente e desenvolvido.
    A imagem do professor permanece, marcando de forma positiva ou negativa o aluno. Contudo, o professor será sempre o Mestre, que toca a vida dos seus alunos.

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  9. Numa era de tecnologia avançada o desafio será a luta pela humanização do ensino que se deve centrar essencialmente na interacção aluno/professor e não aluno/máquina.
    Aos nativos digitais não é necessário disponibilizar "Magalhães" para incentivar a aprendizagem, o estímulo tem que ser outro, pois, apesar de toda a informação disponível, não creio que os nossos jovens sejam mais cultos que a geração do giz e da cartilha. O que falta então???
    A beleza e doçura das palavras só serão apreendidas quando discutidas com espírito aberto…
    O professor deve ser sempre aquele "encantamento especial",a "arte" e, a tecnologia o apuramento da mesma.
    Ensinar tem que continuar a ser um exercício de imortalidade.

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